Espaço comunicativo, de teor artístico-cultural, em que a expressão poética assume o papel de maior relevo. Não há aqui lugar a pessimismos fátuos, a frustrações e/ou falsas evidências... Prevalecerão o bom senso e o critério humanísticos!
Domingo, 24 de Junho de 2007
HISTÓRIA DE UMA NOITE DE VERÃO


Foi em noite de Verão
Que eu te conheci.
E a lua mudou
De crescente a cheia
Só p'ra olhar para ti.

          Foi em noite de Verão
          Que eu te conheci. 
          O sol estava longe.
          Surgiu de repente
          Só p'ra olhar para ti.

Foi em noite de Verão
Que eu te conheci.
E as estrelas tombaram,
Caíram, baixaram,
Só p'ra olhar p'ra ti.

          Foi em noite de Verão
          Que eu te conheci.
          Mudei os destinos
          E cantei os hinos
          do gostar de ti.

Eras quatro estações
Minha estrela polar,
dos trópicos tinhas
a força no olhar.
Floresta de amor
em país a inventar...
devagar.

          Eras chuva, eras sol,
          Eras vento, eras mar,
          Eras rio sem foz
          E sem cais de atracar,
          E eu, barco perdido
          Remando e pedindo
          P'ra te navegar.

Foi em noite de Verão
que eu te conheci.
E o silêncio trazia
Valsas de Strauss
P'ra ti e p'ra mim.

          Foi em noite de Verão
          Que eu te conheci.
          E até fomos actores
          E num filme sem cores
          nos beijamos no fim.

Foi em noite de Verão
Que eu te conheci
E senti a paixão
Da doçura das mãos
Que estendeste p'ra mim.

          Foi em noite de Verão
          Que eu te conheci.
          E tu lembras Paris
          E as noites passadas
          Ali, junto de ti.


ANTÓNIO SALA
Director Geral de Coordenação
da Rádio Renascença
do s/livro "Palavras
Despidas de Música"


publicado por conchitamachado às 08:45
link do post | favorito

De Ventor a 2 de Julho de 2007 às 17:01
Olá, Conchita!
As palavras podem ser despidas de música, mas nós podemos ouvi-la quando trazida pelo vento. Mas não há dúvida que do António Sala não podemos esperar outra coisa, quer as palavras tragam música ou não!
Ele sabe fazer tudo em que se mete e foi com ele que eu aprendi esta frase, ou talvez fosse ele que a aprendesse comigo, connosco!
«Onde estão os meus velhos amigso»?
Bjs.


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