NATAL DE LUZ
Casa branca suspensa no tempo...
Não se apaga da memória.
O ar tinha cheiro a sândalo da manhã.
A música distante...dos bailes egípcios lá fora.
Os perfumes da fruta estavam cá dentro...
Naquela altura
só via uma criança adormecida...
A paz
irradiava no seu rosto.
Sentada na pedra que dá para o poente...
Como s' alma
a escapar-lhe calmamente
pelos olhos aquosos cansados.
Quando sorri,
seus olhos multicolores...
É como se soltassem no ar
um discurso de milhares de pombas
ligeiramente avermelhadas
pela última Luz do crepúsculo!...
Um anjo afastou a pedra
em su'alma coração
guardou silêncio.
Como presépio aberto
no horizonte...
Ninguém se apercebe
de sua luz
do seu valor!...
Nessa invulgar magia...
O Amor!
Em cada fiozinho de luz
o Sol expandia
d' Alegria!
Conchita Machado
In MINHA VIDA É UM POEMA
Os meus links